Papo sério, guloseimas e afins.

Sorte do dia:
"Ah se eu pudesse sacar meu revólver" (Madre Teresa de Calcuta)

“Não há nada que uma boa paulada na nuca não resolva” (Mahatma Gandhi)

“But we can, you kow we can Let´s lynch the landlord man!!!” (DEAD KENNEDYS)

“Take’em all, take’em all Put’em up against a wall and shoot’em Short and tall, watch’em fall Come on boys take’em all!!!” (COCK SPARRER)

06/03/2010

Ambulantes




Da década de 90 para cá, o chamado “circuito reggae”, ou seja, o lado mainstream focado meramente no lucro do reggae brasileiro já repetiu sua fórmula-pronta até a saturação. Bandas e mais bandas que não apenas se inspiram, mas literalmente imitam (sem sequer pensar a respeito) o cenário do reggae jamaicano da década de 70, momento em que o reggae explodiu para o mundo de gerou os seus maiores nomes até hoje.

Infelizmente, o que se vê é uma maioria de grupos sem nenhuma originalidade. Você não sabe direito quem é quem, pois é tudo muito igual. A receita é simples: arranje uma galera que cultive dreadlocks e defenda a utilização da ganja como forma meditativa e religiosa. Assegure-se que eles mais ou menos tentem levar um estilo de vida rastafari, não se importando muito com o fato de estar em plena Babilônia falando de I-tal food. Em suas músicas, no meio de “iô-iô-iôs” e “jahs”, a mistura entre Haile Selassie I e Jesus será tamanha que você não sabe exatamente se é, ou se não é, uma banda gospel... Pronto! Seja amigo da Johnny Be Good e logo mais já tem clip na MTV.



Nesse caminho, uma postura de contestação, de denuncia, e até mesmo uma militância política lá na comunidade (que está tanto no skinhead reggae quanto reggae roots original) vai pouco a pouco sendo deixada de lado em nome de uma estética. Letras, enfim, que falam mais de um estilo de vida “rebelde” dentro da Babilônia do que a subversão da mesma.

Bom, fique tranqüilo! Justamente por conta dos Ambulantes não caírem nessa arapuca estou recomendando o som desses vagabundos! O reggae que dá a linha, mas no meio de todo aquele som forte também há muita experimentação com dub, ska e até baião. Além da qualidade sonora, letras falando da realidade brasileira, dos excluídos e da necessidade de equilíbrio e resistência.


Quando você for prestigiar o som dos caras ao vivo, tente aparecer em alguma das várias ocupações do espaço público que eles promovem (som na rua mesmo) com mais um caminhão de outras atividades. Aí você vai entender pq eu sou fã desses vagabundos imprestáveis!

E se tiver curtido a idéia, informe-se e participe do projeto SOM MOZUM!!

Um comentário:

  1. Deixa minha alma, deixa minha alma...

    lava minha alma!

    mozum!

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