Está furioso? Nós também! Não aguentamos mais o sorriso das grandes corporações gozando da nossa cara!
Ronald McFuck ama muito tudo isso!!!
O veículo de informação mais radical do quarto andar do meu prédio, A CORTIÇA, em sua paladina cruzada para explodir essa jaula de código de barras, apresenta aos leitores alguns dos nomes mais importantes para entendermos o porque do mundo ser esse lixo miserável e como podemos virar o jogo (de prefência, chutando o tabuleiro).
"Globalização em Tempos de Porre" será uma série de publicações focadas em divulgar aqui no blog o pensamento de alguns dos nomes centrais de crítica ao Capitalismo em épocas do Neoliberalismo (pois só mesmo de porre pra se calar com a boca de feijão e engolir essa vidinha nossa de cada dia). Entre outros cérebros, aqui você irá desfrutar um pouco mais de Noam Chomsky, Milton Santos, Naomi Klein, François Chesnais e mais um montão de gente bonita! Para começar nossa saga, apresentamos algumas das idéias de Zygmunt Bauman.
Zygmunt Bauman
Sociólogo polonês, iniciou a sua carreira na universidade de Varsóvia, onde ocupou a cátedra de sociologia geral. Teve artigos e livros censurados e em 1968 da Universidade. Logo em seguida emigrou da Polônia, reconstruindo a sua vida no Canadá, Estados unidos e Austrália, até chegar à Grã-Bretanha, onde em 1971 se tornou professor titular de sociologia da Universidade de Leeds, cargo que ocupou por 20 anos. Atualmente é professor de sociologia em Leeds e Varsóvia. No Brasil, a Jorge Zahar Editor é quem detém os direitos pela publicação de seus mais de 17 livros.
Uma de suas obras mais recentes, lançada pela mesma editora, é Tempos Líquidos. Você pode baixar a Introdução desse livro clicando aqui. Então, pare cinco minutinhos o que está fazendo para ler esse bom velhinho!
Se estiver interessado em outras obras de Bauman, eis algumas coisas para você pegar para ler depois. Basta clicar sobre o título
Neste livro, o sociólogo demonstra que a marca da pós-modernidade (valor supremo) é a "vontade de liberdade" que acompanha a velocidade das mudanças econômicas, tecnológicas, culturais e do cotidiano. Daí resulta um mundo vivido como incerto, incontrolável e assustador (bem diferente da segurança projetada em torno de uma vida social estável, ou em torno da ordem, como pensava Freud em O mal-estar na civilização)
A comunidade e os empregados das empresas não têm por nenhum momento voz ativa nos processos de tomadas de decisões. As deliberações são tomadas por investidores não locais, tornando-os incessíveis as necessidades locais. Para estes investidores, o que está em jogo é o maior acúmulo de capital, ou seja, a busca incessante pelo lucro, sendo a exploração da mão de obra um determinante do seu objetivo. Desta maneira, quando os acionistas vislumbram maiores oportunidades em outras localidades, prevendo maiores dividendos, estes o fazem sem problema, deixando “a tarefa de lamber as feridas” para as pessoas que estão presas à localidade (BAUMAN, 1999 p.15).
A modernidade imediata é "líquida" e infinitamente mais dinâmica que a modernidade "sólida" que suplantou. A passagem de uma a outra acarretou profundas mudanças em todos os aspectos da vida humana. Bauman esclarece como se deu essa transição e nos ajuda a repensar os conceitos e esquemas cognitivos usados para descrever a experiência individual humana e sua história conjunta. Este livro complementa e conclui a análise realizada pelo autor em Globalização - as conseqüências humanas e Em Busca da Política. Juntos, esses três volumes formam uma análise das condições cambiantes da vida social e política.
E na próxima edição de "Globalização em Tempos de Porre" mais algum intelectual bonitão para falar mal do Capitalismo. Até lá, faça como o Seu Madruga e sabote o sistema!
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